Operação resgata 337 animais silvestres vítimas de tráfico de fauna em Minas Gerais
Ação mirou criadores amadoristas de pássaros com atividade ligada ao comércio ilegal
Por: Redação PatosJá
Fonte: Agência Minas - Lorena Teixeira
A Operação Libertas iniciou na quarta-feira (29), e já resgatou 337 animais silvestres vítimas de tráfico de fauna em Minas Gerais. Entre as espécies estão trinca-ferros, papa-capins, azulões, canários-da-terra, curiós, além de papagaios e araras ameaçadas de extinção.
No total, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Betim, Montes Claros, Almenara, Divisópolis, Juiz de Fora, São Miguel da Anta, Rio Pomba, Cataguases e Desterro de Melo. A investigação identificou receptação e falsificação de documentos.
Além disso, durante as fiscalizações, foram constatados cativeiro de animais sem anilhas, extravio de animais anilhados, anilhas adulteradas ou falsificadas, maus-tratos, organização criminosa, porte ilegal de arma de fogo e porte de petrechos para caça e captura.
Comércio ilegal
Conforme a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), a ação se concentrou em criadores amadoristas de pássaros, cuja atividade estava ligada ao comércio ilegal de animais. O valor das espécies ultrapassa 600 mil.
Os animais foram encaminhados aos Centros de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras) do IEF e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), onde estão recebendo cuidados antes de serem soltos.
Segundo a Lei de Crimes Ambientais, a pena para o tráfico de animais é de seis meses a um ano de prisão e multa. Porém, o tempo pode aumentar se o crime for contra espécie rara ou ameaçada de extinção, em período proibido à caça, com abuso de licença, entre outros.
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